Vamos começar relembrando um pouco sobre o assunto COLUNA.
Formação
A coluna vertebral é formada por 33 ou 34 vértebras que se articulam entre si. São estruturas fixas, justapostas e intercaladas por discos intervertebrais. Dividi-se em: cervical, torácica, lombar e sacrococcígea.

Movimentos
Nossa coluna pode realizar 6 movimentos: flexão, extensão, rotação para a direita, rotação para a esquerda, inclinação lateral direita e inclinação lateral esquerda.

Funções
Suporte, proteção da medula espinhal no canal vertebral e movimento (movimento se dá pela junção de vértebras e disco intervertebral, responsáveis pela mobilidade da coluna).
– Função estática: uma coluna saudável tem seus ligamentos e tensores musculares equilibrados e relaxados, que só devem funcionar para manter o equilíbrio estático, diante do movimento oscilatório do tronco quando estamos em pé.
– Função cinética: Qualquer movimento ocorrido entre as duas cinturas que gere uma regulação automática de tônus dos músculos estabilizadores do tronco vai acionar um sistema de compensação postural que gera deslocamentos gravitacionais.
Importância das curvaturas fisiológicas da coluna

Até hoje ainda tem muita gente que acha que coluna saudável e postura correta são aquelas totalmente retilíneas. Hoje já sabemos que não é bem assim…

As curvaturas fisiológicas se formam quando ainda somos bebês e definem todo nosso movimento. Uma dica bem legal que aprendi durante um curso para saber quando dar mobilidade e quando dar estabilidade é a seguinte: nosso corpo é completamente formado de cifoses e lordoses, analisem bem.

Crânio cifose, cervical lordose, torácica cifose, lombar lordose, sacro cifose… e assim sucessivamente…então a dica é: onde tivermos um C para fora devemos estabilizar (pois possuem função de proteção), e onde tivermos um C ao contrário devemos dar mobilidade.

A presença das curvaturas fisiológicas é essencial durante os movimentos. O corpo é exposto à força gravitacional descendente e à força solo ascendente. Sem suas curvaturas da coluna, o eixo raquidiano sofreria muito mais com as pressões axiais gerados por essas forças.

Como o Pilates pode ajudar no ganho de mobilidade?
Primeiramente devemos tirar da cabeça do nosso aluno a ideia de que o movimento vai ser prejudicial, de que não se mover é a melhor alternativa, explicando a necessidade e importância da mobilidade, passando segurança ao nosso aluno.

O segundo passo é lembrar que o ganho de mobilidade deve ser gradual e suave, existe todo um sistema conjuntivo envolvido e relacionado a essa rigidez e isso precisa ser o primeiro fator a ser ‘’tratado’’: aliviar as tensões que possam impedir os movimentos. Ah! E nada de alongamentos exagerados ou que gerem dor ao aluno, mantenha tudo dentro do limite do corpo dele.

As flexões de troco e o ‘’enrola/desenrola’’ são essenciais nas primeiras aulas. Com certeza seu aluno terá bastante dificuldade para executar esses movimentos a principio, mas o Pilates nos dá uma grande variedade de exercícios, dentro dos 6 tipos de movimentos que citados no começo do texto, juntamente com alinhamento e melhor posicionamento dos membros inferiores e superiores, além de estabilizar algumas articulações.

Concluindo

Como diria nosso querido Joseph Pilates ”A arte do Pilates prova que a sua idade não é medida em anos, ou como você acha que você se sente, mas sim pela flexibilidade normal da sua coluna ao longo da sua vida”. Vamos praticar Pilates?

Fonte: Revista Pilates, Ago 2018

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